Na Pré-História, as peles (por necessidade). Na Roma
Antiga, as togas. No Antigo Egito, acessórios ricamente ornamentados. No
Período Bizantino, as túnicas feitas de seda e decoradas com pérolas e pedras
preciosas. A vaidade é algo natural do
ser humano e, consequentemente, a preocupação com o modo de se vestir. Apesar
de não ser igual ao conceito atual, a moda já existia na antiguidade.
Hoje vou abordar esse assunto de maneira breve e global a
partir do século XX até a moda feminina atual.
1920 - A época do
Jazz, das melindrosas e de Coco Chanel
Nos anos 20 já se usavam vestidos mais curtos e leves, feitos de tecidos como a seda, com os braços e costas à mostra influenciados por Hollywood.
Pela primeira vez, a moda se tornou algo acessível para todos. Como eram roupas simples de copiar, muitas mulheres faziam suas próprias peças.
As principais características da década foram os colares de pérolas, o cabelo à la garçonne, o chapéu cloche, batons escuros e o sapato Mary Jane.
Com o Crash da Bolsa de NY em 1929, a década começa com
uma crise mundial, o que reflete na moda que se torna menos ousada.
De curto, o cabelo passa a ser comprido e com ondas. As
saias voltam a ser longas e os vestidos ficam retos e justos. O chapéu cloche
deu lugar às boinas e luvas passaram a ser indispensáveis. As sapatilhas foram
criadas. Casacos de pele e tudo o que deixava a mulher mais elegante era "de
lei".
No final da década, com a aproximação da 2ª Guerra Mundial,
as roupas já apresentavam aspectos militares, o que transformou todo o modo de
se vestir nos anos 40.
1940 - New Look
O estilo passou a ser militar (ombros quadrados e peças
retas), pesado e sério. Tecidos como o tweed
tomou o lugar da seda. Lenços passaram a ser muito utilizados, assim como os
chapéus.
Os Estados Unidos começaram a investir em sua moda
própria e criou um mercado independente da Europa. Nessa época foi criado o
tipo de moda que consumimos até hoje: o “ready
to wear” (pronto para vestir), a moda em massa. Após a guerra, o biquíni foi criado e foi
popularizado através do cinema.
Carmen Miranda
se popularizou e foi sucesso nos EUA devido seu visual latino e tropical. A
maior contribuição de Carmen para a moda foram os sapatos de plataforma alta.
Em 1947 aparece um dos principais nome da moda até hoje: Christian Dior. Sua coleção com saias
rodadas, cintura fina e sapatos de salto alto surpreendeu a todos. O estilo de
suas roupas acentuava e exagerava as formas femininas. O New Look foi desaprovado por muitos, mas mesmo assim predominou por
mais 10 anos, tornando-se a característica principal da década de 50.
1950 – Era de Ouro
da Alta-Costura e Pin-ups
As roupas eram extremamente femininas e delicadas, com
cinturas marcadas e muitas estampas coloridas. Depois de anos usando vestidos,
as mulheres tinham uma infinidade de estilos de saias para serem combinadas com
blusas. Nessa época também surge a “bainha sereia” e a aceitação do uso de
calça para as mulheres. Os corseletes voltaram, mas de forma mais confortável.
Foi também nessa década que a lingerie começou a ser usada de forma glamorosa. O sutiã cônico era
usado para curvar e valorizar o busto. Essas peças foram muito usadas pelas pin-ups: mulheres sensuais, com as
curvas em destaque que começaram a surgir já na década de 40. Marilyn Monroe,
Brigitte Bardot e Sophia Loren são exemplos de pin-ups da época.
Em meados de 1957 a silhueta muda, tornando-se mais
moderna e os sapatos começam a ter salto médio, característica de 1960.
1960 – A década
que não terminou
Twiggy, modelo britânica. |
Formas geométricas, hippies, rock ’n roll, minissaia,
Twiggy, Audrey Hepburn, acessórios, rebeldia e inovações: os anos 60 influenciam
até hoje o mundo da moda.
Esses anos foram marcados por uma enorme revolução de
maneira geral: a criação da pílula anticoncepcional, a corrida espacial, a
minissaia, Rolling Stones e Beatles no cenário musical, o movimento hippie, a
primeira top model: Twiggy com seus olhos delineados, cílios grandes e a
magreza exagerada.
Os jovens passaram a ser influenciados pelo ideal “On the
Road” (Na Estrada), título literário de 1957 e começavam a se opor à sociedade
consumista. Consciente desse novo mercado consumidor, as empresas criaram
produtos específicos para os jovens. Naquele momento a moda era não seguir a
moda, um sinal de liberdade da juventude da época.
Na França ocorreu uma revolução na moda quando André Courrèges
criou uma linha de roupas retas, com minissaias, botas brancas, roupas
metálicas e fluorescentes. Já Saint Laurent criou vestidos tubinhos. O italiano
Pucci fez sucesso com suas estampas psicodélicas e Paco Rabanne usou alumínio
como matéria-prima de sua coleção. O unissex também ganhou força com os jeans e
pela primeira vez a mulher ousava vestir roupas tradicionalmente masculinas,
como o smoking.
Nos EUA um novo movimento de rebeldia surgia: os hippies,
que eram contra a divisão de classes e se vestiam de forma desleixada e
despreocupada, usando peças artesanais, saias longas e calças “boca de sino”.
Com isso, o importante passaria a ser o estilo e a customização ganhou força.
Este movimento e toda a
atitude e inovações, também ao nível da moda, continuam durante os anos 70,
para os quais as diretrizes já se encontravam bem delineadas.
Para o post não ficar muito longo, decidi dividi-lo e postar a segunda parte semana que vem. Espero que gostem.
Eduarda Baptista
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