sábado, 3 de maio de 2014

A moda através das décadas - Parte 1



Na Pré-História, as peles (por necessidade). Na Roma Antiga, as togas. No Antigo Egito, acessórios ricamente ornamentados. No Período Bizantino, as túnicas feitas de seda e decoradas com pérolas e pedras preciosas.  A vaidade é algo natural do ser humano e, consequentemente, a preocupação com o modo de se vestir. Apesar de não ser igual ao conceito atual, a moda já existia na antiguidade.
Hoje vou abordar esse assunto de maneira breve e global a partir do século XX até a moda feminina atual.


1920 - A época do Jazz, das melindrosas e de Coco Chanel


 Nos anos 20 já se usavam vestidos mais curtos e leves, feitos de tecidos como a seda, com os braços e costas à mostra influenciados por Hollywood.
Pela primeira vez, a moda se tornou algo acessível para todos. Como eram roupas simples de copiar, muitas mulheres faziam suas próprias peças.
As principais características da década foram os colares de pérolas, o cabelo à la garçonne, o chapéu cloche, batons escuros e o sapato Mary Jane. 



 1930 - Elegância simples



Com o Crash da Bolsa de NY em 1929, a década começa com uma crise mundial, o que reflete na moda que se torna menos ousada.
De curto, o cabelo passa a ser comprido e com ondas. As saias voltam a ser longas e os vestidos ficam retos e justos. O chapéu cloche deu lugar às boinas e luvas passaram a ser indispensáveis. As sapatilhas foram criadas. Casacos de pele e tudo o que deixava a mulher mais elegante era "de lei".
No final da década, com a aproximação da 2ª Guerra Mundial, as roupas já apresentavam aspectos militares, o que transformou todo o modo de se vestir nos anos 40.


1940 - New Look



O estilo passou a ser militar (ombros quadrados e peças retas), pesado e sério. Tecidos como o tweed tomou o lugar da seda. Lenços passaram a ser muito utilizados, assim como os chapéus.
Os Estados Unidos começaram a investir em sua moda própria e criou um mercado independente da Europa. Nessa época foi criado o tipo de moda que consumimos até hoje: o “ready to wear” (pronto para vestir), a moda em massa.  Após a guerra, o biquíni foi criado e foi popularizado através do cinema.
Carmen Miranda se popularizou e foi sucesso nos EUA devido seu visual latino e tropical. A maior contribuição de Carmen para a moda foram os sapatos de plataforma alta.
Em 1947 aparece um dos principais nome da moda até hoje: Christian Dior. Sua coleção com saias rodadas, cintura fina e sapatos de salto alto surpreendeu a todos. O estilo de suas roupas acentuava e exagerava as formas femininas. O New Look foi desaprovado por muitos, mas mesmo assim predominou por mais 10 anos, tornando-se a característica principal da década de 50.


1950 – Era de Ouro da Alta-Costura e Pin-ups



As roupas eram extremamente femininas e delicadas, com cinturas marcadas e muitas estampas coloridas. Depois de anos usando vestidos, as mulheres tinham uma infinidade de estilos de saias para serem combinadas com blusas. Nessa época também surge a “bainha sereia” e a aceitação do uso de calça para as mulheres. Os corseletes voltaram, mas de forma mais confortável.
Foi também nessa década que a lingerie começou a ser usada de forma glamorosa. O sutiã cônico era usado para curvar e valorizar o busto. Essas peças foram muito usadas pelas pin-ups: mulheres sensuais, com as curvas em destaque que começaram a surgir já na década de 40. Marilyn Monroe, Brigitte Bardot e Sophia Loren são exemplos de pin-ups da época.
Em meados de 1957 a silhueta muda, tornando-se mais moderna e os sapatos começam a ter salto médio, característica de 1960.

1960 – A década que não terminou

Twiggy, modelo britânica.


Formas geométricas, hippies, rock ’n roll, minissaia, Twiggy, Audrey Hepburn, acessórios, rebeldia e inovações: os anos 60 influenciam até hoje o mundo da moda.
Esses anos foram marcados por uma enorme revolução de maneira geral: a criação da pílula anticoncepcional, a corrida espacial, a minissaia, Rolling Stones e Beatles no cenário musical, o movimento hippie, a primeira top model: Twiggy com seus olhos delineados, cílios grandes e a magreza exagerada.
Os jovens passaram a ser influenciados pelo ideal “On the Road” (Na Estrada), título literário de 1957 e começavam a se opor à sociedade consumista. Consciente desse novo mercado consumidor, as empresas criaram produtos específicos para os jovens. Naquele momento a moda era não seguir a moda, um sinal de liberdade da juventude da época.

Na França ocorreu uma revolução na moda quando André Courrèges criou uma linha de roupas retas, com minissaias, botas brancas, roupas metálicas e fluorescentes. Já Saint Laurent criou vestidos tubinhos. O italiano Pucci fez sucesso com suas estampas psicodélicas e Paco Rabanne usou alumínio como matéria-prima de sua coleção. O unissex também ganhou força com os jeans e pela primeira vez a mulher ousava vestir roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking.

Nos EUA um novo movimento de rebeldia surgia: os hippies, que eram contra a divisão de classes e se vestiam de forma desleixada e despreocupada, usando peças artesanais, saias longas e calças “boca de sino”. Com isso, o importante passaria a ser o estilo e a customização ganhou força.
Este movimento e toda a atitude e inovações, também ao nível da moda, continuam durante os anos 70, para os quais as diretrizes já se encontravam bem delineadas. 










Para o post não ficar muito longo, decidi dividi-lo e postar a segunda parte semana que vem. Espero que gostem.

Eduarda Baptista

Fontes: 1 e 2.


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