terça-feira, 20 de maio de 2014

Alcoolismo na adolescência: quando o começo do problema se apresenta no começo da vida.


Considerado o início de tudo, o consumo de bebidas alcoólicas na adolescência vem acontecendo cada vez mais cedo, e algumas pessoas já o consideram uma modernidade. 
O efeito metabólico do álcool no corpo das meninas é mais devastador do que no corpo dos meninos. A mulher tem uma absorção mais efetiva e rápida do álcool no organismo, pois o mesmo tem mais gordura e menos água que o organismo masculino. Independentemente do sexo, 25% dos adolescentes bebem em quantidades perigosas do ponto de vista biológico. Daí conclui-se que, as meninas que começam a beber precocemente grandes volumes, apresentarão mais danos biológicos do que seus colegas meninos no futuro.


É preocupante também a permissão de alguns pais com filhos que bebem na juventude. Usam desculpas como a de que a bebida é um produto legalizado, que não gerará uma dependência como as outras drogas, que os amigos do filho bebem e ele não pode se sentir deslocado, que ele está na idade ou que já está maduro demais para saber o que fazer. O Marketing, por sua vez, vem usando o público jovem como alvo com grande frequência, atraindo-os com a sensação de prazer e ousadia que o álcool fornece.


A dependência alcoólica leva anos para se estabelecer, porém o adolescente que é exposto aos efeitos da bebida precocemente, valoriza o prazer químico e passa a beber regularmente. Se comparada com a taxa de alcoolismo dos adultos (11%), a dos adolescentes é baixa (em torno de 2% a 3%). Mas se considerarmos que o consumo do álcool é cada vez mais precoce, logo essas taxas subirão. A da adolescência, num futuro mais próximo e a dos adultos, num futuro mais distante.

                                                                                                             Daniele Oliveira




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